Hibria em Porto Alegre
Sábado (22/07/2022) foi histórico em Porto Alegre, pela segunda vez com sua mais recente
formação Hibria sobe no palco do Opinião para o show do lançamento do novo álbum (Me7amorphosis), com participações mais do que especiais de antigos membros como:
Benhur Lima, Renato Osório, Diego Kasper e Marco Panichi e também André Meyer vocalista da banda Distraught. A Noite inicia-se com a banda gaúcha It’s All Red abrindo os trabalhos apresentando-se com seu novo baixista Carlos Loureiro, Power To Let Power Go teve a participação mais do que especial de Lucas Zawacki o vocalista de uma das bandas mais bacanas do cenário do Metal Gaúcho atual Mortticia que inclusive foi uma das bandas de abertura do Angra junto a Rage My Eyes também no palco do Opinião. Rafael Siqueira dedica o single Gemstone a Lohy Silveira falecido ex-baixista e vocalista da banda de Metal Extremo Rebaelliun e um dos fundadores do coletivo Preto no Metal que se retornou referência não só como músico, mas como representatividade na cena, que infelizmente faleceu um mês e pouco antes do show do dia 22 de julho.
A Segunda banda a subir ao palco foi nada mais e nada menos que Alchemia, banda de (Horror
Metal) lá de São Paulo formada em 2018 por Victor Hugo que desceu para fazer um espetáculo
musical e performático onde foi difícil não se admirar com tamanha destreza dos músicos em suas performances. Visualmente a banda se apresenta com corpse paint no rosto e nos braços e para quem não conhecia, não sabia a sonoridade real que seria ouvida, uma jornada sonora permeando por diferentes estilos do metal: Heavy, Industrial, Doom, Sinfônico...chegamos à conclusão do porquê Horror Metal, pois a sensação é de que você está assistindo um filme de terror com a trilha ao vivo e Inception é de arrepiar.
Adentrando a madrugada próximo da 01:00, Hibria invade o palco do Opinas para finalmente apresentar seu novo álbum (Me7amorphosis) e não podemos esquecer do fato de que teve ingresso duplo até mesmo para quem já havia comprado. Abel Camargo (guitarra e fundador), Victor Emeka (vocal), Bruno Godinho (guitarra), Thiago Baumgarten (baixo) e Otávio Quiroga (bateria), essa era a atual formação de que tocou nesse dia e foi o primeiro show com Thiago Baumgarten (baixo), pois em 2019 na primeira apresentação em Porto Alegre contava com o ex-baixista Alexandre Panta. O Espetáculo começa com War Cry primeira faixa do Me7amorphosis, logo começa a nostalgia com participações especiais e já começa com Benhur Lima (ex-baixo) iniciando Shoot Me Down, a clássica que não pode faltar a terceira faixa do álbum (Blind Ride - 2011). André Meyer vocalista de uma das bandas mais clássicas e necessárias de Trash Metal de Porto Alegre, sobe ao palco para participar da primeira faixa do álbum (Silent Revenge - 2013) intitulada Silent Revenge. Diego Kasper, ex - Guitarrista entra em cena para a clássica das clássicas Steel Lord On Wheels lançando seus riffs nostálgicos característicos do Hibria da primeira formação e a galera vai a loucura. Abel Camargo pega o microfone e com um pesar imenso também lembra do nosso saudoso Lohy Silveira e ressalta sua parceria no Metal, contudo Victor Emeka retoma e comenta também a grande perda para a cena, não só por ter sido um grande músico, mas também pelo fato de ter sido um ícone de representatividade Preta na cena, pois sabemos como ainda são poucos músicos Pretos (as) e reforça que Lohy era a cena e fazia a cena e era o Preto no Metal, pois como já havia mencionado foi um dos fundadores do Preto no Metal Coletivo L.I.V.R.E. e sempre estará presente e em seguida dedica a terceira faixa do álbum (Me7amorphosis), Meaning of Life e foi aí que o coração não aguentou e as lágrimas rolaram pois Lohy é eterno. E o show continuou obviamente com Fearless Will que já tinha sido lançado como um single e inclusive também foi lançada uma camiseta da mesma em 2019, seguida de I am so lonely, e Shine. Independentemente da ordem Millenium Quest foi uma nostalgia nível 666 no palco para exaltar essa era de (Defying The Rules- 2004) que é quase unanime o favoritismo. É então que o querido Renato Osório ou Renatão (ex-guitarrista/Magician/Scelerata e Hibria) entra em cena com toda aquela simpatia absurda para vir a primeira faixa Leading Lady do (EP XX- 2016). Claro que para fechar a noite com chave de ouro Marco Panichi se apresenta icônicamente para tocar outra clássica da banda que também jamais pode faltar no Set: Tigerpunch e claro que já sabemos que fecha né???
A Banda Hibria formada em 1996 apesar todos os percalços continua firme e forte e uma das coisas que mais chama a atenção é que além de ser uma banda antiga e com história no Metal gaúcho, agora também se torna um marco na representatividade com o atual vocalista. Victor Emeka que também faz parte do Soulspell, disse inúmeras vezes que era fã do Hibria e acaba entrando na banda e que isso é gratificante e sureal. Quando você é muito fã de uma banda e um cara Preto assume os vocais ela se torna mais do só a banda histórica da cidade, se torna aliada a luta e diversidade, por mais Pretos/Pretas e Pretex na cena sempre também como referência.
Formação atual: Hibria
Victor Emeka - Vocal
Abel Camargo - Guitarra e fundador
Thiago Baumgartem -Baixo
Vicente Telles - Guitarra
Otavio Quiroga - Batera
yibambe!!
Texto por Deise Silva e Fotos por Day Montenegro.